Mais um dia, resolvi que iria sair para caminhar, navegar à deriva na internet, conversar com os amigos, enfim, iria fazer algumas coisas que já havia tempo que não fazia. Então logo dei um “tapa” no visual e saí caminhando pelo centro de Goiânia. Meia hora depois, já estava pensando: O QUE SERÁ QUE ACONTECEU COM A HUMANIDADE?
Sabe, na década de 60, talvez por influência dos “anos dourados”, ou seja, década de 50, as pessoas eram mais gentis, e conversavam mais, buscavam mais cultura, até mesmo as praças eram mais freqüentadas pelas famílias, e isso também refletia nas roupas, no modo quase cantado de se falar, e falar um português com orgulho e correto, além de produzir uma enorme quantidade de músicas com poesias de qualidade, que até hoje são lembradas como as melhores já feitas no Brasil. Entretanto traçando um paralelo, com nossa época, o que houve? Como poderíamos classificar essa nossa época?
Veja bem não sou exatamente um saudosista, apenas tento entender certas coisas que nesses tempos andam acontecendo. Por exemplo, por que tanta violência? Parece que o homem resolveu travar uma batalha contra ele mesmo, por um motivo, que no fundo, nem mesmo quem pratica sabe. É como se um belo dia você, leitor, acordasse, depois de anos maravilhosos, virasse para si em frente ao espelho e do nada resolvesse começar a se insultar, espancar, e amputar-se. Tudo bem, segundo Freud, seres humanos possuem como instintos latentes: a violência e o sexo. Entretanto, dentro de cada alguma coisa diz que não precisa ser exatamente assim. Afinal dizem, por aí, que os humanos são racionais.
E enquanto isso a televisão lança um novo bordão: “pronto morri”.
E pensando nisso, lendo na internet descobri um novo método de suicídio. Segundo o G1, uma Norte Americana quer ser a mais gorda do mundo. Pode ser que consiga, se não sofrer um enfarto primeiro. Mas o que me intriga é o fato que ela quer provar que não há nada demais nisso, ou seja, é quase um vontade de se matar e antes disso falar para todo mundo: “EI! VAMOS LÁ! SE MATE TAMBÉM, VAI SER LEGAL, FICAR ENTERRADO PRA SEMPRE!”, e eu aqui humildemente, do lado de cá, me questiono, onde foi parar o amor próprio?
Sabe, não se passou tanto tempo, que as pessoas de mãos dadas celebravam a vida de certa forma, em festivais de músicas, como Woodstock, e aí mais vez eu pergunto: o que aconteceu? Não sei, se é impressão minha, mas talvez a população mundial anda numa grande depressão, se isolando cada vez mais em suas próprias cadeiras, em frente a televisão, computares, talvez até se escondendo dessa guerra que os humanos travam entre eles, e aí talvez Renato Russo esteja mais certo do que imaginamos, com a frase: “O mal do século é a solidão”, na música; Esperando por mim. O que já o título mostra o afastamento de nós mesmos.
Enquanto isso, mais um homossexual é ridicularizado, ou até mesmo espancado...
O que é uma outra atitude humana, que vem acontecendo com bastante freqüência. E com a mesma freqüência, não entendo. O medo do “diferente”. Medo de que goste do “diferente”. Que consiga ter uma boa relação com o “diferente”. Um dia desses estava caminhando, como caminhei hoje, e vi um amigo homossexual, e aí pensei: Porra! Assumir que é gay, esse cara é muito mais macho que muito homem largado por aí. Pensa, os gays só de se assumirem, já tem que agüentar o pré-conceito de alguns familiares, depois disso, tem que dar um jeito de driblar o mesmo “idealismo” tolo de quem oferece emprego, ou seja, se o cara é gay, é bom ele ser rico, porque se não pode simplesmente passar fome, por não ser aceito no trabalho. Além disso ele enfrenta os olhares de todos, não “podendo” expressar os sentimentos pelo companheiro no público, simplesmente porque é considerado I-MO-RAL. E ainda dizem por aí que é um país livre, sem pré-conceitos, que aceita as diferenças e etc...
E como se ainda não bastasse, agora é moda os PIT BICHAS BOYS saírem espancando homossexuais nas ruas. E mais uma vez do lado de cá eu pergunto: do que esses caras que batem, na covardia, já que sempre usam uma galera para bater em 2 ou 1, que anda pela rua, tem medo, será que eles batem porque são macho, “Até debaixo de outro macho”, como diria Tom Cavalcanti no personagem “Pit Bixa”.
E por enquanto, encerro-me por aqui. “Pronto, Morri”! ¬¬!